Centenas de romeiros participaram neste sábado, 4, da missa dos foliões no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO).Os grupos de folia foram acolhidos na Casa do Pai durante celebração presidida pelo Pe. Welinton Silva.

O canto das folias no início da missa emocionou romeiros como o Manoel Antônio Martins, de Itapaci (GO). “Ando longe atrás de uma folia. Gosto muito, acho interessante, pois preserva a tradição da igreja e prescreve o nascimento de Jesus nas músicas”, ressaltou.

O casal de romeiros Agda Santos e Divino Pereira dos Reis, do Distrito Federal (DF), veio pela 12ª vez participar da Romaria do Divino Pai Eterno. “Este grupo de folia é da nossa paróquia, somos todos vizinhos e gostamos muito de folia. Fui criada no interior de Minas Gerais, em Paracatu, e essa tradição é bem antiga e costumeira por lá também”, disse.

O capitão da folia de Morrinhos (GO), Divino Alves Vieira, também conhecido como Dionito, contou que este é o quarto ano de participação na missa dos foliões na Festa de Trindade: “É uma penitência que fazemos em louvor ao Divino Pai Eterno, por isso a gente vem todo ano aos pés do Divino Pai Eterno. A emoção é muito boa, tem muitos foliões que nunca vieram e estão aí até chorando, emocionados”, explicou.

O capitão disse ainda que é costume da folia trazer uma contribuição para o Santuário: “Trazemos para ajudar nas Obras Sociais e em todo trabalho que é realizado pela Basílica do Divino Pai Eterno, inclusive o Novo Santuário”.

De Itabuna (BA), a romeira Jean Luzia Nascimento nunca tinha visto a apresentação de uma folia pessoalmente e gostou do que assistiu no Santuário: “Eu já tinha visto pela televisão e sabia que era uma tradição. Gostei muito de ver, é muito diferente. Viemos para participar da Romaria, que é uma verdadeira expressão de fé. A junção de tanta gente, e cada um de um jeito, mostra que Deus é um só”, declarou.

Um dos locais mais visitados pelos romeiros durante a Romaria do Divino Pai Eterno 2015 é a Capela do Santíssimo Sacramento, dentro do Santuário Basílica de Trindade (GO). Cheios de fé e emocionados, os devotos fazem suas orações e intenções no local, e se aproximam ainda mais do amor do Pai Eterno.

Aos 80 anos, Maria Vilma Amaral Fernandes sempre que vem ao Santuário faz questão de visitar a Capela. “É o melhor sentimento. É o Pai Eterno no meu coração. Eu sou muito devota, Ele salvou a vida do meu neto de um afogamento aos dois anos. Hoje, ele está cheio de saúde aos 15 anos. Tudo que eu preciso, peço e Ele me acode”, relatou.

Para Ieda Maria Alves, vir ao Santuário e não visitar a Capela é como se não tivesse vindo. “Eu sempre venho a Trindade e faço minhas orações aqui no Santíssimo”, afirmou.

Pe. João Bosco de Deus explicou que a Capela é o local que abriga o Santíssimo: “É um lugar privilegiado para ouvir a Palavra de Deus, próprio para guardar as espécies, a reserva eucarística para aqueles que são enfermos, que não podem vir à missa naquele momento, e também serve como um local de adoração ao Senhor, ao Santíssimo Sacramento, Ele que é Jesus, o nosso Deus”.

A Sala das Confissões é um lugar de reflexão. A entrada fica na parte externa da Basílica de Trindade (GO), em frente à gruta Nossa Senhora de Lourdes.

O espaço funciona regularmente aos sábados e domingos, o ano todo e, durante a Romaria, abre os dez dias, de 5h às 21h. Quem chega ao local é sempre bem acolhido.

“Estou acolhendo o romeiro, organizando a fila. Abrindo as portas e orientando”, explicou o voluntário, Benedito de Souza.

A Confissão é o segundo momento de uma romaria completa. Por isso, muita gente mantém a tradição de sempre passar por aqui nesta época.

É mais um Sacramento de aproximação com o Divino Pai Eterno. “Eu cheguei ontem, vou me confessar e vou embora. Eu não quis ficar sem vir aqui na festa”, contou a romeira de Orizona (GO), Luzia Fátima de Lemos Oliveira.

A cada escala, dez padres ficam de prontidão para atender os devotos. No tríduo final da Romaria, o número triplica. “A gente faz um bem muito grande aos romeiros, e só Deus para recompensar”, afirmou Pe. Antônio Luis Pedrotti.

Os voluntários que servem nas Confissões se sentem orgulhosos em poder ajudar os peregrinos. Maria Batista, por exemplo, disse que é voluntária com satisfação: “É muito gratificante, a gente aprende muito”.